Steve Jobs defendia que ninguém tinha interesse em celulares grandes e por um bom tempo o iPhone foi um celular compacto que parecia de brinquedo perto dos rivais Android que estavam cada vez maiores.
Só em 2015 é que Apple decidiu se aventurar no mundo dos phablets com lançamento do iPhone 6s Plus, desde então, a linha cresceu e já temos modelos com quase 7 polegadas – mas o que aconteceu com a filosofia da empresa? Bem, parece que a Apple decidiu retornar às origens em 2020 e trouxe uma versão compacta do iPhone 12, para reconquistar aqueles que estão frustrados com celulares enormes. Será o iPhone 12 mini uma revolução no mercado atual?
Vamos conferir! A Apple lançou a segunda geração do iPhone SE no início do ano, mas o aparelho apenas reaproveitar a carcaça do iPhone 8 e traz hardware mais atual. O iPhone 12 mini é diferente por ser um projeto feito do zero e você tem exatamente o mesmo design do iPhone 12 mas em um corpo reduzido.
O 12 mini e consegue ser ainda menor do que o SE, mesmo como sua tela maior. A redução das bordas faz uma grande diferença, mas ainda temos um fator limitante: a bateria. Esse é o maior motivo para não vermos mais celulares compactos no mercado. Conseguir entregar um hardware de ponta que tenha autonomia para o dia inteiro com uma bateria pequena é uma tarefa complicada, e mais na frente você entenderá porque as marcas que apostam no Android fogem disso atualmente.
O 12 mini é um celular perfeito para ser usado com uma mão – caberá tranquilamente até nos bolsos mais apertados e facilitará vida de quem tem mãos menores. Por outro lado, aqueles com dedos mais longos vão sofrer para digitar no aparelho. As teclas são menores devido ao espaço mais apertado na tela, que também limita o consumo de mídia, assim como os demais da linha, o iPhone 12 mini tem design inspirado no iPhone 5 e não abre mão da mesma qualidade de construção dos modelos mais caros dessa geração.
O vidro Ceramic Shield protege a tela contra impactos e a certificação IP68 está lá para salvar o aparelho caso ele caia na água. O 12 mini traz as mesmas tecnologias do 12, apenas o carregamento sem fio é mais limitado, mas ainda é compatível com o MagSafe e demais acessórios da Apple.
E mesmo sendo o mais barato da linha, a Apple não capou a conectividade 5G. Toda a linha 2020 da Apple conta com tela OLED e no mínimo temos 5,4″ com resolução Full HD Plus, o que resulta em excelente nitidez. O entalhe e parece maior neste modelo por conta das medidas reduzidas e pode incomodar um pouco à primeira vista. A tela reproduz ótimas cores com suporte a HDR10 e Dolby Vision.
O brilho máximo é similar ao do iPhone 12, porém, fica abaixo dos modelos Pro. O painel de 60 Hz possui sensor de toque a 120 Hz para garantir resposta rápida. A calibração de cores chega próximo do ideal e o iPhone 12 mini não decepciona comparado aos irmãos mais caros.
É impressionante ver que, por mais que o mini seja. mais compacto que os demais iPhones de 2020, ele ainda consegue entregar a mesma potência sonora – a diferença fica apenas na equalização do áudio. Este peca mais nos médios que os demais mas a diferença é pouca e para muitos não importará. Assim como os demais, o 12 mini também não vem acompanhado de fone de ouvido e nem traz o adaptador para P2; é melhor investir logo em um bom fone de ouvido sem fio, assim e você terá ótima qualidade sonora para curtir suas músicas. A melhor parte disso tudo é que o iPhone 12 mini não teve seu hardware capado. Você terá o chip e A14 Bionic com os mesmos 4GB de RAM do iPhone 12.
Em nossos testes tivemos resultados similares, o que já era esperado. O celular compacto da Apple é muito ágil na execução de qualquer aplicativo ou jogo e apresenta ótimo gerenciamento de memória – o mesmo é visto em benchmarks, e como a tela do 12 mini tem resolução ligeiramente inferior, ele até consegue pontuações um pouco mais altas em testes sintéticos focados em GPU. No AnTuTu passamos facilmente dos 550 mil pontos, o que prova que o menor iPhone está longe de ser mini na potência. Ele também tira jogos de letra e roda todos os games disponíveis para iOS na fluidez máxima que sua tela de 60 Hz suporta. Já comentamos em outros reviews que é uma pena a Apple não ter investido em uma tela de 120 Hz mas em um celular com uma bateria tão pequena seria complicado ver a autonomia de poucas horas.
Aliás, você deve estar curioso para saber se a bateria do 12 mini rende bem – aqui vai a primeira má notícia em nossos testes simulando o uso mediano tivemos 12 horas de autonomia. Se você tirar o celular da tomada pela manhã ele descarregará no início da noite. Com o 5G ativado terá duração ainda menor, o que obriga levar uma Power Bank com você para não ficar na rua sem telefone. E é aqui que fica claro o motivo de não vermos com frequência celulares top de linha compactos.
O iOS possui melhor gerenciamento de energia do que o Android e, mesmo assim, o iPhone 12 mini não rende o dia inteiro. A situação ficaria ainda mais complicada se tivéssemos um aparelho com o sistema do Google e os mesmos 2227 mAh do iPhone 12 mini. E o tempo de recarga? Como dito antes, a Apple não envia mais carregador na caixa – usamos um de 18-watts da Anker que demorou 2 horas e 46 minutos para chegar a 100%. Tem algo errado no gerenciamento de energia do 12 mini, já que usamos o mesmo o carregador no iPhone 12 e ele demorou uma hora a menos para recarregar – mesmo com bateria maior. Uma prova disso é que uma carga rápida de 15 minutos faz o 12 mini recuperar 1/3 da bateria chegando a passar da metade em apenas meia hora. Talvez com o carregador oficial da Apple os resultados sejam diferentes. Na parte de software não há muito o que comentar, o 12 mini tem os mesmos recursos presentes nos demais da linha e todos os iPhones que foram atualizados para o iOS 14.
É um sistema ágil, otimizado, e que carrega tudo rápido, mesmo os jogos mais pesados. A desvantagem de ter um corpo pequeno é que não há tanto espaço para o calor produzido pelo chip A14 Bionic percorrer Notamos que o 12 mini esquenta mais que os outros quando executa jogos por muito tempo ou faz longas gravações de vídeo. Não é nada crítico e nem vai atrapalhar a experiência. O conjunto de câmeras é o mesmo do iPhone 12. Há duas na traseira sendo uma com lente ultra-wide. Na parte frontal temos o scanner 3D que ajuda no desfoque de fundo. Por mais que seja o mesmo hardware, notamos que a Apple não se esforçou tanto para otimizar o software.
O 12 mini é capaz de registrar ótimas fotos – ele captura imagens com baixo ruídos, com equilíbrio de cores e alto contraste; o problema fica na nitidez abaixo da média e isso fica perceptível ao ampliar as fotos. A ultra-wide também registra boas fotos com baixo nível de ruído, contraste acertado e cores na medida sem saturar. O software de correção de distorção de lente faz o seu devido o trabalho, mas a nitidez limitada fica ainda mais evidente com essa câmera, especialmente nos cantos das fotos. O modo noturno entra em ação sempre que detecta ambientes com luz precária.
Ele tem efeito mais discreto no automático mas você pode prolongar a exposição manual se quiser fotos mais claras. No geral, o iPhone 12 mini registra fotos nítidas e detalhadas à noite, sem sofrer com o excesso de ruídos. O iPhone usa a câmera ultra-wide para gerar o desfoque em imagens e o resultado é melhor que muito celular com sensor de profundidade – só não tente chegar muito perto, pois esta câmera não serve para macros. Também não espere muito do zoom do aparelho, por ser apenas digital há uma perda considerável na qualidade.
A câmera frontal possui dois modos de captura, um mais fechado e outro mais aberto que simula uma lente grande-angular; como esperado de um celular da Apple, o 12 Mini é ótimo para registrar selfies. As fotos saem com muitos detalhes e contraste, ótimas cores e ruídos bem controlado. O HDR é menos agressivo do que vemos em rivais Android, o que ajuda a ter selfies mais naturais. O scanner 3D realmente faz diferença no desfoque de fundo e temos um modo retrato bem executado com poucas falhas e efeito forte para deixar você em destaque.
O 12 mini também ativa o modo noturno à noite para salvar as selfies dos ruídos e, no geral, temos boas fotos. A filmadora grava em 4K com todas as câmeras. A qualidade das filmagens é excelente com cores vibrantes, baixo ruído e estabilização eficiente. O é ágil e a captura de áudio é limpa. ] Assim como os mais caros, você também consegue gravar com Dolby Vision tanto para visualizar na tela do aparelho como em outros equipamentos compatíveis.
O iPhone 12 mini é um ótimo celular, mas cobra caro por isso. A pior parte é que é difícil listar alternativas quando o mercado vem abandonando os modelos compactos. O melhor Android top de linha que vimos chegar ao mercado nacional foi o Galaxy S10e, que apesar de ser um bom aparelho não chega perto do 12 mini em desempenho e câmeras. Comparado ao iPhone 12, há muita diferença? Você tem o mesmo desempenho e qualidade em fotos e vídeos.
A diferença fica basicamente pelo tamanho da tela e duração da bateria. Já contra o iPhone SE 2020 temos um salto considerável, porém, terá que pagar o dobro no iPhone 12 mini. O iPhone 12 Mini é o melhor celular compacto da atualidade. Você tem um aparelho com acabamento caprichado e resistente, ótima experiência multimídia, desempenho exemplar com aplicativos e jogos, boas câmeras para fotografar e filmar. Seu maior ponto fraco está na autonomia de bateria e ainda não vem com o carregador na caixa.
Se você busca um celular top e compacto terá que andar com uma Power Bank, fora isso, não há o que reclamar do iPhone 12 mini, exceto pelo preço salgado cobrado pela Apple aqui no Brasil.
Mas tudo da empresa é caro por aqui, então, não chega a ser uma novidade. De qualquer forma, te ajudamos a encontrar as melhores ofertas para economizar – é só clicar nos links aí abaixo.
E também queremos saber a sua opinião: prefere aparelhos compactos como o 12 mini ou já está acostumado com as telas maiores? Comenta aí! Eu vou ficando por aqui, um abraço e nos vemos na próxima.
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